Coluna nova!

Em lá pro meio/fim dos anos últimos anos 80 existia uma richa muito grande entre as duas gigantes dos Video-Games: Sega x Nintendo. O poder de processamento dos consoles era medido em bits. Tanto o Master System quanto o Nintendinho tinham 8 bits. Então, a sega lançou um consoie de 16 bits, o Mega Drive.

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Rapaz, foi um deus nos acuda. A qualidade dos jogos era sensivelmente superior, a sega falava de “Blast Processing” não lembro o nome em português, mas era pra fazer os jogos ficarem mais rápidos que nunca. Sonic está aí pra provar o ponto.

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Dois anos depois lançaram o Super Nintendo, o console da Nintendo de 16 bits. E, rapaz, era bom. Era muito bom, pra falar a verdade. Mais cores, melhor resolução, som melhor, jogos maiores.

Algumas coisas foram sendo lançadas no meio tempo, expansões pro Mega Drive, consoles de CD… então foi anunciado um console chamado Jaguar. Por meio de um multiplicador na hora de calcular os tão queridos bits, a Atari (que lançou o Jaguar) dizia que o console tinha 64 bits.

Minha Santa Aquerupita! 64 bits?! Isso era muito melhor que um Super Nintendo ou um Mega Drive.

Algumas imagens foram liberadas (vejam bem, não tinha internet, a coisa era na base das revistas de games) e até aí nada demais.

Então o Jaguar foi lançado.

Olha, não vou te enganar, o negócio foi um fiasco. Era horrível. Um jogo de nave do Jaguar era consideravelmente pior (em gráficos E história) que Starfox do SNES. Isto pra ficar só com um exemplo.

Com o Jaguar basicamente acabou a guerra dos Bits. E, embora o Nintendo 64 tenha saído com esse nome, nem ele. nem o Dreamcast ou o Saturn (consoles posteriores) se preocuparam tanto em alardear os specs dos consoles. Isto está voltando hoje em dia, com consoles ficando cada vez mais próximos de um PC.

Fim da sessão nostalgia e vamos onde eu queria chegar.

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Hoje em dia um dos maiores chamarizes em aparelhos eletrônicos – principalmente celulares e tablets, onde essas coisas teoricamente fazem maior diferença – são as especificações dos profutos.  Dual-core, Quad-core, Cortex sei lá das quantas… todos aqueles specs lindos que as pessoas adoram fazer uma tabela de comparação de potência logo de cara, pra saber qual é o melhor aparelho.

Novamente, meu mantra: Mehor é Relativo.

Quando você está comprando um gadget ou console, é bom ter em mente que a experiência com o seu produto é a coisa mais importante.

Veja bem: o Playstation pode ter especificações melhores que o Xbox. Mas se você quiser jogar Halo ou um jogo de Knect, um PS3 ou um peso de papel na mesa é a mesma coisa.

Se você tem um iPhone e muitas compras na iTunes store, talvez não seja a melhor jogada você comprar uma tablet Android, talvez seja mais negócio pegar um iPad. Meu iPad Mini com specs piores que meu Nexus 7 tem uma performance melhor no geral, por conta da otimização do sitema da apple sobre a google.

Entre produtos Android mesmo, um produto com a versão stock do Jelly Bean (sem alterações) pode ser melhor que uma versão com o Touchwiz (a alteração da Samsung no Jelly Bean) mesmo tendo specs inferiores.

A apresentação e otimização de um sistema também devem entrar na equação de “qual é o melhor”, nunca se sabe, mas você pode olhar pros ícones do aparelho e pensar: Bicho, que coisa feia, eu não quero ficar olhando pra isso sempre que precisar usar meu celular. E acabar optando por outro produto.

Em algum momento as pessoas vão começar a se tocar que essa “Spec War” é muito, muito supervalorizada em detrimento de outros fatores.

 

Ps: Eu sei que no caso de um aparelho android você pode mudar os ícones, mas tem quem não queira se preocupar com isso, tenham isso em mente.

 

 

Post por Otto Arantes Pessanha.

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