Saudações, Nerds.

O RPG (Role Playing Game) é um jogo de imaginação, com certos limites que são ditados por um conjunto de regras específicas, ao qual damos o nome de sistema. Há diversos sistemas por aí, dos mais simples aos mais complexos, que têm o nível de regras adequado para a história em que se deseja mestrar; entretanto, apesar de serem numerosos os sistemas já existentes e popularmente usados (como o próprio Dungeons and Dragons, Vampiro: A máscara, Tormenta, Savage Worlds, etc.) e ter  uma gama enorme de possibilidades, nem sempre se adequam ao que queremos. Talvez o Dungeons and Dragons não seja adequado para mestrar uma aventura de gênero Cyberpunk, uma vez que o primeiro tem um ótimo conteúdo de raças e classes da época Medieval, mas não é lá o mais adequado para definir as características de um ciborgue, robô ou outras raças  presentes em um gênero caracterizado pelo contexto futurístico (uma boa ideia para o próximo capítulo é definir alguns gêneros de RPG, irei trabalhar nisso).

Marvin no universo Cyberpunk

Como estou fazendo um guia também para iniciantes, penso que, para quem quer jogar, não tem tempo de ficar lendo demais sobre estatísticas e sistemas e não tem a mínima ideia de como mestrar uma mesa, vos apresento A Regra De Ouro do RPG, reescrita por mim:

“Não vos concentreis em regras quando seu uso atrapalhar o curso de vossa aventura”

A questão do jogo é justamente se divertir. Nada te impede de reunir seus amigos, inventar regras e começar a jogar uma aventura inventada em cinco minutos. Eu já fiz isso muitas vezes e vos garanto: isso pode, sim, ser muito divertido. Nós, rpgistas, chamamos esse sistema variável de Regras da Casa. Para a coisa toda funcionar, é necessário combinar um básico, como pontos que podem ser generalizados para serem usados em rodadas de combate e situações que exigem furtividade.

Quer um exemplo? Vou criar um sistema em 8min. Colocarei o cronômetro para rodar.

REGRAS DA MESTRA EM 8 MINUTOS

Habilidades presentes: Constituição, Destreza e Força.

Não precisa ser original. Por exemplo, para evitar muita invenção, irei usar o cálculo de habilidades do sistema D&D 3.5, no qual se rolam 4 d6 (dado de 6 lados rolados 4 vezes), exclui-se o menor valor e somam-se os outros 3. Para os modificadores, também usarei o mesmo sistema.

Perícias: quem estiver jogando no cenário pode inventar as relevantes, como profissão, cavalgar, usar cordas, etc. Mas seria bom que fossem definidas antes do jogo começar. Oriento os jogadores a fazerem uma história em 5min.

Equipamentos: Como disse, é algo rápido. Não quero nada muito inventivo agora, então aproveitarei como base os equipamentos presentes no livro “Star Wars: O Código do Caçador de Recompensa”, com todos os direitos reservados pela Editora Bertrand Brasil LTDA.

Raças: O céu é o limite, mas, digamos que tenha alguns básicos, como robô, ciborgue, sistema operacional (sim, estou inventando agora) e humano.

Classes: caçador de recompensas, técnico de T.I, vendedor de supermercado, policial, professor, etc. Como disse, o céu é o limite. O importante é admitir valores que sejam coerentes tanto com os outros jogadores quanto com o próprio sistema: máximos e mínimos, leis que não podem ser violadas (neste RPG, ninguém vai violar as leis da Termodinâmica, por exemplo) e certo nivelamento. Ou não. Nada te impede de definir que o nível do personagem será definido no d20. Prontinho. Deram 8min. Já dá para começar por algum lugar!

Com um belo de um  acerto crítico,

Lola.

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Equipe OPP

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