Galera, a gente sabe que se perguntarmos a uma pessoa na rua o que são e-sports ou esportes da mente poucos responderão com firmeza. O esporte mental e os virtuais ainda estão crescendo em popularidade, sendo mais populares entre as pessoas mais jovens – mas aqueles acima de 40 anos pode achar erroneamente que jogar videogame  só atrapalha os estudos (ou a vida) e é uma grande perda de tempo que não leva a lugar algum (não poderiam estar mais enganados!).

Para você que vive em outro planeta e nunca ouviu falar nesses termos, e-sports – abreviação de eletronic sports ou, em português, esportes eletrônicos -, são competições de jogos digitais a nível profissional, ou seja, trata-se de campeonatos dedicados a pessoas que jogam videogame tão bem a ponto de serem consideradas profissionais e sim, elas ganham por isso. Da mesma forma que um atleta tradicional faz parte de um time, tem treinador, rotina diária de treinos, recebe patrocínios, possui fãs e tudo mais, os esportistas virtuais também.

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Esportes da mente, por sua vez, são, oficialmente, aqueles considerados como tais pela Associação Internacional de Esportes da Mente (IMSA) e, da mesma forma que os e-sports, não requerem nenhuma habilidade física especial, ao contrário, eles focam na sua capacidade de raciocinar, exercitando o cérebro, em vez do corpo. A IMSA considera jogos como xadrez, bridge, damas e pôquer como esportes da mente e, em 2008, dois meses após o encerramento das Olimpíadas de Pequim, na mesma cidade, aconteceu a primeira edição dos Jogos Mundiais de Esportes Mentais, um evento importantíssimo para a história da modalidade.

Tá, mas daí você pergunta: o que tudo isso tem a ver com a tocha olímpica? Tem a ver que os Jogos Olímpicos Rio 2016 foram, sem dúvida, um marco tanto para os esportes da mente, quanto para os e-sports. Por que? Porque ninguém menos que o brasileiro jogador profissional de pôquer, André Akkari, foi um dos escolhidos para participar do revezamento e carregar a tocha olímpica, grande símbolo do esporte mundial.

Essa pequena mas relevante conquista demonstra como esses esportes não tradicionais vêm crescendo cada vez mais e buscando o seu lugar ao sol. Se antigamente essas modalidades eram vistas como meros passatempos, hoje o cenário está mudando, a ponto de o próprio Comitê Olímpico fazer uma pequena demonstração ao convidar Akkari.

Além disso, em janeiro desse ano, a SporTV anunciou que vai transmitir o  Campeonato Brasileiro de League of Legends ao vivo, passo supersignificativo no processo de popularização dos e-sports aqui no Brasil. Ter um canal de televisão, dedicado a esportes, transmitindo campeonatos eletrônicos é mais um degrau no caminho para a maior divulgação e popularização do gênero.

Ah! E da próxima vez que alguém vier falar que game é coisa de nerds anti-sociais que passam o dia na frente de um computador, conta para eles que já tem finais de e-sports acontecendo em grandes estádios, como o Staples Center, que o governo norte-americano já reconheceu jogadores profissionais de League of Legends como atletas, facilitando a emissão de vistos, e que, na Coreia do Sul, é considerado o esporte nacional.

 

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Andressa Dreka

28 anos, redatora e social media. Ainda não descobriu a resposta para A Vida o Universo e Tudo o Mais, mas aguarda ansiosamente ela explodir na sua cabeça enquanto se diverte em alguns Restaurantes no Fim do Universo tomando uma boa Dinamite Pangaláctica.