Não deveriam alimentar o Pting depois da meia noite.

Vimos Doutor em uma nave correndo perigo? Vimos.

Vimos um bicho estranho e bonitinho fazendo mal para alguém? Vimos.

Vimos companions sendo mais que solidários e pensando na lição do dia? Também vimos, e o Ryan continua um entojo.

Chegamos na metade dessa temporada e até agora estou no sentimento “nhé”. A Jodie como Doutora está sensacional, isso eu tenho certeza a cada episódio, mas a temporada tá meio morna, quase fria.

Sempre lembro que a primeira temporada com Capaldi também foi meio fraca, e Chibnall deixou claro que esse também seria um começo para atrair novos espectadores, mas deixar seus fiéis espectadores mais empolgados seria uma boa jogada, o que não está ocorrendo nesta 11ª temporada.

Esse episódio teve mais ação, alguns detalhes interessantes como a bomba sônica e a nave hospital, um cara grávido e drama familiar. Isso tudo não foi o suficiente para ser considerado um episódio digno de se rever em uma maratona da série.

O próprio episódio 42 (amamos esse referência) escrito pelo próprio Chris Chibnall tem uma trama bem emocionante, com um inimigo bem perigoso, e pessoas presas em uma nave.

Não é o que vimos The Tsuranga Conundrum. Sim, é perigoso já que ele está destruindo a nave. Ele está destruindo vidas de forma indireta. E ele é fofinho, já quero um funko dele.

Mas assim… já não estava bem óbvio que ele só estava atrás da tecnologia em si? Rodou o episódio inteiro pra descobrir que tinha uma bomba e aquela energia iria atrair ele para … eu não sei para o que, acho que era só para fora da nave, já que ele não morre.

Podemos relembrar vários episódios de Doctor Who, além do 42, e pensar em vários exemplos bons com uma história simples. Não foi o que Tsuranga Conudrum conseguiu.

Posso estar sendo exigente demais, assumo, até porque teve partes que eu me diverti e gostei de ver, em especial a Jodie falando que ela é basicamente Doutora da porra toda de tudo.

O drama familiar: era mesmo necessário?

Vamos analisar duas coisas aqui, o drama entre irmãos e o drama da vida do Ryan.

Eu acho que deveria ter explorado MUITO MAIS a capacidade tanto do Durkas Cicero quanto da Eve. Ela não contou sobre o que tinha de errado de verdade com ela, e eles ficavam se “vangloriando” sobre o quão competente eles eram em suas áreas de atuação, e só nos foi mostrado um pouco disso no final, antes da Eve morrer. Eram personagens interessantes que eu esperava saber mais.

E o chato do Ryan: ótima reflexão sobre paternidade e sobre estar pronto ou não, até porque foi mostrado EXATAMENTE o que muitas mulheres passam. Nem digo que foi mostrado “na visão do homem”, porque em resumo, é exatamente o que a mulher passa. A visão do homem não envolve gravidez. Mas imagina que louco isso de “homens tem filhos e mulheres tem filhas”? E queria saber mais sobre a cara de nojo que ele fez quando soube que na Terra é diferente. Me conte mais sobre essa gravidez que todo mundo tem.

Mas voltando, Ryan passou por um momento de reflexão sobre o pai estar pronto ou não para ter um filho, e o que eu posso dizer sobre isso é: ele nasceu, ele tem um pai, e o pai tem responsabilidades. É isso. Próximo assunto.

Em geral, um episódio com algumas cenas divertidas, com bons personagens que não foram explorados, e que parecia mais para preencher temporada.

Dou uma nota 4.5 de 13 regenerações para esse episódio.

Será que os vilões vão voltar? Será que teremos mais perguntas? Quem é realmente The Timeless Child?

E no próximo episódio: Demons Of The Punjab

Written By

May

Uma whovian que nunca esquece de levar sua toalha na TARDIS e nunca dispensa uma xícara de chá. Ainda acha que vai encontrar a pergunta fundamental sobre A Vida, o Universo e Tudo o Mais em alguma viagem no tempo ou no espaço.