Fui ao penúltimo dia e resolvi dividir com vocês a experiência. 

A Bienal começou dia 29 de agosto e terminou dia 8 de setembro. Depois de muita tristeza e já conformada com o fato do Trono de Ferro estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe de mim, eis que surge uma alma iluminada pelos antigos deuses que me fala de um pessoal querendo fechar uma van. Foi muita felicidade. E aí começaram os preparativos pra comprar ingresso, separar documentos e um kit básico de sobrevivência. Foi minha primeira Bienal no Rio, ia a muitas quando tinha aqui em Petrópolis. Futucando no site achei um aplicativo oficial da Bienal e admito, não levei muita fé, mas quando baixei fiquei maravilhada! O app tinha mapa do site, programação, alarme para te avisar das atrações que quiser ver, lugar dos expositores e mais um monte de coisa. Aproveitei pra fazer a lista de stands mais importantes pra mim.

Já com a programação e lista de livros e de editoras que eu queria visitar, comecei a preparar a comida. Sim, comida. Eu sei que lá tem praça de alimentação, sem contar as lanchonetes, sorvetes, churros, mas vamos combinar, é bem caro. Um picolé estava R$6,00. Então não custa nada ir bem preparado para gastar dinheiro só nos livros, certo?

Mas vamos ao que interessa, chegando a Bienal era um mar de gente. Não demoramos a entrar e fomos logo para a fila do Trono de Ferro, no stand da LeYa, que era o foco principal de todo mundo da van. Como chegamos relativamente cedo (mais ou menos 12h) não demoramos na fila. Vi gente reclamando na internet de ter demorado 2h pra tirar a foto, se ficamos 30min foi muito.

Percebam a alegria

Percebam a alegria

Com a tão esperada foto no Trono de Ferro tirada, fomos explorar a Bienal. Já que estava no stand da LeYa comecei por lá. Muita gente junta, muita paciência pra passar por todos os livros esbarrando em todo mundo e mais paciência ainda pra aguentar a fila. O que eu não demorei no Trono, demorei na fila do caixa. Era realmente muita vontade de ter aqueles livros. Mas uma coisa boa que me chamou a atenção foi que no mini corredor para o caixa havia uma exposição das artes do Marc Simonetti, autor das capas das edições brasileiras das Crônicas de Gelo e Fogo, Dragões de Éter, entre outros.

 

Depois da luta para conseguir pagar os livros fomos explorar o resto do pavilhão. Passamos pela Rocco, Arqueiro, Melhoramentos, Saraiva, Panini, Comix, entre outras. Vimos o Superman, Connor, Ryu e Sagat. Vi cosplays de Jason e Freddy Krueger. Alguns stands ficaram só na vontade de olhar ou comprar porque as filas eram tão grandes que desanimava. No geral a Bienal foi um evento com mais pontos positivos do que negativos. Houve quem reclamasse de muita coisa, e não duvido que tenha havido problemas com muitas pessoas pela quantidade de gente que foi, mas existem pessoas que ainda acham que nesses eventos não há filas enormes, há bancos para todos, ninguém te empurra ou pisa no seu pé. É o preço a se pagar, seja na Bienal ou na Comic Con. Teve gente demorando uma hora na fila da Panini só para entrar e filas para o caixa que davam voltas em todo o stand. Também vi pessoas reclamando que não tinham direito a meia entrada por não serem estudantes, idosos ou portadores de deficiência, e simplesmente não queriam pagar a entrada inteira. Por favor, né?

No final do dia estamos mortos, com os pés latejando, mas muito felizes com as nossas aquisições. A vantagem de irmos de van foi não ter que se preocupar com estacionamento, onde havia uma fila enorme também, e sairmos logo para casa, uns dormindo, outros dançando Gangnam Style.

O resultado

O resultado

Então ficam as dicas:

  • Vale mais a pena juntar um grupo de amigos e fechar uma van do que ir de carro (até porque é mais divertido, né?);
  • Procure um aplicativo oficial, ele vai te ajudar a planejar seu destino pela Bienal;
  • Leve comida e água, tudo para te deixar bem hidratado e alimentado nos intervalos, o calor do Rio e abafamento pode ser um problema se você não estiver bem alimentado;
  • Roupas confortáveis. Você vai ficar andando por mais de 3 horas, no mínimo, então nada de salto ou roupas apertadas;
  • Vá primeiro nos stands/atrações que te interessam mais. Você resolve logo o que mais quer e evita que a fila aumente cada vez mais;

Infelizmente não consegui ir a nenhuma palestra, sessão de autógrafos ou encontro de blogueiros lá, um dia é muito pouco pra aproveitar tudo e cada dia é uma atração diferente. Ainda assim, é um dos eventos mais divertidos do Brasil, em minha opinião.

Ano que vem a Bienal é em São Paulo, mas em 2015 ela volta para o Rio e nós estaremos lá!

Agora algumas fotos, que poderiam ser melhores, mas era muita gente junta e muito empurrão impedindo ângulos melhores.

 

Agradecimentos especiais ao Lucas por ter me avisado da van, a Tatiana, Galu, Glaucon pelas fotos e todo mundo da van pela companhia e ao Thiago por aguentar horas e mais horas andando comigo.

Written By

Laïs Roxo

Publicitária e pesquisadora acadêmica, sempre com um livro, uma palheta e uma toalha na bolsa. Gamer assumida, gostaria de ter mais do que 24 horas no seu dia, ou uma máquina que pudesse viajar no tempo e dimensões relativas no espaço.